A Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) realizou uma Audiência Pública para elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Serra da Ibiapaba, reunindo, de forma virtual, representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Comitê da Bacia Hidrográfica da Serra da Ibiapaba e da sociedade em geral. A iniciativa consiste na segunda etapa da construção do Plano.

A abertura da audiência foi marcada pelas falas do Presidente da Cogerh, João Lúcio Farias; do Diretor de Planejamento, Elano Joca; da Pesquisadora Ticiana Studart, da Universidade Federal do Ceará, do Presidente do Comitê da Serra da Ibiapaba, Pedro Florindo; do Gerente das Bacias da Serra da Ibiapaba e dos Sertões de Crateús, Rodrigues Júnior; e do Diretor e Coordenador dos Planos de Bacias, Ubirajara Patrício.

Em seguida, deram início às apresentações. A pesquisadora Ticiana Studart, da Universidade Federal do Ceará, dialogou com os participantes sobre o que é o Plano e em que contexto está inserido. Apoiado na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97), o Plano de Recursos Hídricos trata-se de um documento que materializa, em texto, um planejamento, e viabiliza sua concretização através de ações. Ticiana também explanou a estrutura do Plano, dividido em Diagnóstico, Prognóstico e Planejamento, e encerrou sua apresentação com a seguinte frase do intelectual Peter Drucker: “O planejamento não diz respeito às decisões futuras, mas às implicações futuras das decisões presentes”.

A apresentação dos resultados ficou por parte da pesquisadora Samira Silva. A síntese foi feita a partir de um questionário aplicado aos membros do Comitê da Bacia Hidrográfica da Serra da Ibiapaba que contemplava os seguintes pontos de análise: a) perfil do entrevistado; b) principais usos da água; c) conhecimento sobre o Plano de Bacia, problemas hídricos e ambientais; d) conflitos decorrentes do uso da água; e) aspectos institucionais; f) expectativas sobre o plano. Samira reforçou a importância desse primeiro levantamento e afirmou que os resultados contribuirão de forma significativa no andamento do processo de elaboração do Plano.

A última parte da apresentação foi sobre o documento “Iniciando o diálogo na Região Hidrográfica da Serra da Ibiapaba”, ministrada pela pesquisadora Sandra Aquino. O documento funciona como uma espécie de “pré-diagnóstico” resultante de uma compilação de informações e estudos já existentes que caracterizam os aspectos físicos e geográficos da região. A pesquisadora também explicou que além desses dados do “pré-diagnóstico”, também serão acrescentadas propostas e materiais discutidos na audiência.

Após as apresentações, cada participante escolheu um eixo temático de acordo com a sua preferência. Dentre as opções ofertadas, tinham: 1) Oferta e Demanda Hídrica; 2) Eventos Extremos (secas e cheias); 3) Aspectos Ambientais; 4) Aspectos Institucionais. As salas virtuais eram compostas por 1 coordenador, 1 relator, e 1 apoio no chat para condução dos trabalhos em grupos, de modo a garantir o registro de todas as contribuições e propostas dos participantes no momento do debate.

O evento contou com mais de 100 participantes. Foi registrado a participação de 26 instituições-membros, entre titulares e suplentes, representando 86,66% do Comitê de Bacia Hidrográfica da Serra da Ibiapaba. Também estiveram presentes setores da sociedade em geral: usuários, sociedade civil, poderes públicos Municipal, Estadual e Federal, a equipe de pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, além de consultores e corpo técnico da Cogerh e da Gerência Regional de Crateús.

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